Rio planeja fechar escola na Atlântica para vender terreno a construtora

Pais e alunos protestam contra fechamento; comunidade questiona prioridade da administração municipal

A Prefeitura do Rio de Janeiro está sob críticas após anunciar planos para fechar uma escola localizada na Avenida Atlântica, em Copacabana, com o objetivo de vender o terreno para a construção de um edifício residencial de luxo. A decisão, que afeta diretamente alunos, pais e funcionários, gerou indignação e protestos na comunidade.

A escola, que atende centenas de crianças da região, tem uma longa história de prestação de serviços educacionais à comunidade local. “Estamos chocados com essa decisão. A escola é um pilar fundamental para nossas crianças e suas famílias”, disse Maria Silva, mãe de um aluno do ensino fundamental.

Segundo informações, a prefeitura pretende vender o terreno para uma construtora interessada em erguer um edifício de alto padrão, com apartamentos de luxo que prometem vista privilegiada para a praia de Copacabana. O valor da venda ainda não foi divulgado, mas espera-se que a transação alcance cifras milionárias.

A reação da comunidade foi imediata. Pais, alunos e moradores organizaram protestos em frente à escola, pedindo que a prefeitura reveja sua decisão. “Não podemos permitir que interesses financeiros sobreponham-se às necessidades educacionais de nossos filhos. Educação deve ser prioridade”, afirmou João Ferreira, representante da associação de pais e mestres.

A Secretaria Municipal de Educação divulgou uma nota explicando que a decisão foi tomada como parte de um plano de reestruturação e otimização de recursos. “Estamos avaliando realocar os alunos para outras unidades próximas, garantindo que todos continuem a receber educação de qualidade”, diz a nota.

Entretanto, muitos pais estão céticos quanto a essa promessa. “Dizem que vão transferir nossos filhos para outras escolas, mas como podemos confiar que a qualidade será a mesma? E o impacto emocional e logístico dessa mudança?”, questionou Ana Costa, mãe de dois alunos.

Além dos pais, professores e funcionários da escola também expressaram preocupação. “Trabalhamos duro para criar um ambiente de aprendizado acolhedor e produtivo. A decisão de fechar a escola é um desrespeito ao nosso trabalho e à dedicação dos alunos”, comentou um professor que preferiu não se identificar.

A polêmica decisão trouxe à tona questões mais amplas sobre as prioridades da administração municipal e o uso de terrenos públicos em áreas valorizadas. “Estamos vendo uma tendência preocupante onde espaços que deveriam ser destinados ao bem público estão sendo entregues para interesses privados”, criticou um morador local.

Até o momento, a prefeitura não anunciou uma data definitiva para o fechamento da escola, mas as mobilizações e protestos continuam. A comunidade de Copacabana espera que a pressão pública leve a uma reconsideração da medida.

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