Escova de dentes: brasileiro não troca com frequência necessária

Pesquisa revela que 50,7% dos brasileiros não substituem suas escovas após três meses, aumentando riscos de problemas bucais.

Pra quem tem pressa:

  • Troca irregular de escova: Apenas 50,7% dos brasileiros trocam suas escovas de dentes a cada três meses.
  • Riscos à saúde bucal: Escovas desgastadas acumulam bactérias e não limpam eficazmente, podendo causar sérios problemas bucais.
  • Cuidados recomendados: Especialistas sugerem trocar a escova a cada três meses e conservar em ambiente seco para evitar proliferação de germes.

Especialistas recomendam substituição para evitar problemas bucais.

Uma escova de dentes desgastada não é apenas um local propício ao acúmulo de bactérias, mas também se torna ineficaz na remoção de impurezas, podendo causar uma série de problemas bucais como desenvolvimento de placa bacteriana, retração gengival e, em casos mais graves, perda dos dentes. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, apenas 50,7% dos brasileiros trocam suas escovas de dentes a cada três meses.

De acordo com Rafael Parteli, professor do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, as cerdas deformadas perdem a eficiência na remoção de sujeira entre os dentes. “O desgaste das cerdas compromete a capacidade de limpeza durante a escovação, deixando a cavidade bucal suscetível à proliferação de bactérias causadoras de doenças”, alerta Parteli.

Para manter a qualidade das escovas de dentes, é essencial guardá-las em um local que permita a secagem completa entre os usos, já que a umidade constante favorece o crescimento de germes, fungos e bactérias. Após o uso, a escova deve ser lavada em água corrente e armazenada na posição vertical. Os dentistas recomendam a substituição da escova a cada três ou quatro meses, ou sempre que as cerdas estiverem visivelmente desgastadas.

Em períodos de doenças respiratórias, como gripe ou Covid-19, ou em casos de infecções bucais e dores de garganta, é aconselhável trocar a escova de dentes. Germes e vírus podem permanecer nas cerdas e causar reinfecção após a recuperação. Para evitar contaminação cruzada, deve-se utilizar porta-escovas com compartimentos separados, evitando que as escovas entrem em contato umas com as outras.

As escovas elétricas têm a mesma capacidade de limpeza das escovas manuais e são recomendadas para pessoas com dificuldades motoras, pois permitem uma limpeza eficaz com menos movimento das mãos. A cabeça da escova elétrica deve ser trocada a cada três meses, assim como uma escova convencional.

Especialistas geralmente recomendam o uso de cerdas macias para garantir uma higienização eficaz sem danificar a gengiva ou desgastar o esmalte dos dentes. A consulta com um dentista pode ajudar na escolha da escova mais adequada para cada pessoa, considerando o tamanho da boca e a estrutura dos dentes.

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