Estrelas consagradas do Circuito Mundial de Surfe, os brasileiros Gabriel Medina e Filipe Toledo, mais conhecido como Filipinho, classificam os Jogos Olímpicos como um evento de grande importância para a modalidade e uma oportunidade única que não podem deixar escapar.

Gabriel Medina, tricampeão mundial, se prepara para sua segunda participação olímpica. Nos Jogos de Tóquio, em 2021, ele chegou até as semifinais, mas terminou na quarta posição. “Uma medalha olímpica é um desejo que quero realizar. No Japão, estive muito perto”, disse Medina. “Tive que esperar algum tempo e agora tenho mais uma oportunidade. Eu realmente quero esta medalha.”

Aos 30 anos, Medina ressaltou a importância do pódio olímpico para qualquer atleta. “É algo muito significativo. O mundo inteiro está de olho, e eu ainda não tenho uma medalha olímpica. Seria um sonho realizá-lo.”

Filipe Toledo, que fará sua estreia olímpica, compartilha do mesmo entusiasmo. “É algo que sempre almejei desde que foi anunciado que o surfe faria parte dos Jogos Olímpicos”, afirmou o surfista, que possui dois títulos mundiais. Para ele, a Olimpíada representa o auge que o surfe pode alcançar. “Estou falando de visibilidade e do que uma medalha olímpica agrega ao nosso currículo”, explicou Filipinho, que decidiu abrir mão de disputar o Circuito Mundial em 2024 para se concentrar nos Jogos. “Não deixei passar a oportunidade. Daqui a quatro anos não sei onde estarei e como estarei”, acrescentou o surfista de 29 anos.

Filipinho antecipou sua chegada ao Taiti, local das disputas de surfe, para se preparar melhor. “Cheguei no dia 12, um pouco antes de todo mundo. Aproveitei para descansar do Circuito Mundial e focar na Olimpíada.” Durante seu período sabático, ele aproveitou para realizar atividades desconectadas do surfe. “Precisava deste tempo. Aos poucos, a vontade de surfar voltou. Hoje estou preparado para competir. Dediquei-me bastante na parte física e mental, com tratamento psicológico e psiquiátrico.”

As competições olímpicas de surfe ocorrerão em Teahupoo, uma onda conhecida no Circuito Mundial. Medina acredita que as condições são favoráveis ao seu estilo. “É uma esquerda tubular, minha onda favorita”, disse ele, que nasceu em São Sebastião (SP) e frequenta as praias de Maresias e Paúba. Segundo ele, essas praias têm formações semelhantes, mas com fundo de areia, e não de coral. “Eu me divirto muito, ondas assim me desafiam”, afirmou Medina.

Além de Medina e Filipinho, o Brasil será representado por João Chianca no surfe masculino. Entre as mulheres, disputarão a medalha olímpica Luana Silva, Tainá Hinckel e Tatiana Weston-Webb.

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